Como são feitos os vinhos rosé

O rosé muitas vezes é visto como um vinho leve e descontraído — perfeito para dias quentes e momentos relaxantes. Mas não se deixe enganar pela sua reputação despreocupada! Há muita técnica envolvida em criar aquele tom de rosa perfeito, especialmente para os rosés mais claros no estilo Provence. Quer saber como isso é feito? Vamos explorar as três principais técnicas usadas para criar sua garrafa favorita de rosé.

Mistura: Um Segredo Não Tão Óbvio

Você pode pensar que a maneira mais simples de fazer rosé é misturar um pouco de vinho tinto com vinho branco. E embora isso pareça uma solução fácil, na verdade não é permitido na maioria dos vinhos de qualidade. A grande exceção? Champagne! Sim, em uma das regiões mais prestigiadas do mundo, às vezes eles fazem isso. As uvas tintas usadas no Champagne, como Pinot Noir e Pinot Meunier, têm um suco tão claro que parece até de uvas brancas. Então, como eles conseguem o tom rosado? O enólogo, ou Chef de Cave, faz um vinho tinto tranquilo e mistura cerca de 15% dele no Champagne. Voilà, um espumante rosado lindo! Claro, isso muda a estrutura e o sabor, tornando o vinho mais rico e complexo. Mas, como você pode imaginar, nem todos os produtores são fãs dessa técnica — alguns preferem abordagens mais elaboradas.

Curiosidade: O Champagne é um dos poucos lugares no mundo onde misturar vinhos tintos e brancos para fazer rosé é permitido!

Maceração: O Método Clássico do Rosé

Este é o método favorito da maioria dos produtores de rosé e se inspira na vinificação tradicional dos vinhos tintos. A maceração ocorre quando as cascas das uvas ficam em contato com o suco, permitindo que a cor e os taninos sejam extraídos para o vinho. Quanto mais tempo o suco e as cascas ficam juntos, mais escura será a cor e mais tânico será o vinho. Basicamente, se ficar tempo demais, ele vira vinho tinto! Para o rosé, o enólogo normalmente deixa as uvas tintas macerarem logo após serem esmagadas. Quando o tom perfeito de rosa é atingido, o suco é separado das cascas e fermentado como se fosse um vinho branco.

Para uvas de casca mais escura, algumas horas já são suficientes para obter aquele tom rosa encantador. Para uvas mais claras, pode levar 1-2 dias. Os franceses até têm uma técnica especial chamada saignée, que significa “sangrar”. Após uma breve maceração, eles “sangram” um pouco do suco, reduzindo a pigmentação e adicionando um toque extra de textura ao vinho.

Curiosidade: Sabia que quanto mais tempo dura a maceração, mais escuro fica o rosé? É por isso que você vê uma gama de cores, desde os rosas clarinhos até tons de salmão mais intensos.

Prensagem: Aperte, Não Esmague!

A prensagem envolve, como o nome diz, pressionar as uvas para extrair o suco. Existem algumas maneiras de fazer isso, dependendo dos objetivos do enólogo. Você pode prensar as uvas inteiras sem esmagá-las antes, para obter um rosé mais delicado, ou pressioná-las logo após terem sido esmagadas e desengaçadas. Outra opção é pressionar as uvas após um curto período de contato com as cascas para intensificar a cor.

Cada uma dessas técnicas dá ao enólogo controle sobre o resultado final — quão claro, brilhante ou rico o rosé será.

Conclusão

Pronto! Essas são as três principais técnicas que fazem com que o seu copo de rosé seja mais do que apenas uma cor bonita. Seja misturado, macerado ou prensado, há muita habilidade por trás de cada garrafa. Então, da próxima vez que você saborear aquele vinho rosado clarinho, vai saber um pouco mais sobre como ele foi da uva ao copo!

Curiosidade: A Provence, a região mundialmente famosa pelo rosé, tem regras rígidas sobre quanto tempo a maceração pode durar para atingir os tons claros característicos!

Saúde!

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